Morreu hoje o "rei do pop"

Quem diria que o primeiro post do blog fosse por uma razão tão dolorosa quanto a morte de alguém que, além de representar um significado de uma família ora desolada, também parte o coração de milhões, talvez bilhões de fãs ao redor desse nosso planeta azul. Bem, como começar? Difícil, especialmente se tratando daquele que possivelmente era a personalidade mais conhecida no mundo. Longe de enfocar o aspecto polêmico de sua vida (que ao meu ver totalmente injustificável e maldoso por parte dos meios noticiosos e pessoas interesseiras) vou me focalizar um pouco no artista Michael e mais na pessoa Michael. Bem, em termos de números, nem tem o que dizer: muitos grammys, artista solo mais bem sucedido da história (até mais que Elvis, acredite se quiser), dono do disco mais vendido da história (Thriller, mais de 100 milhões de cópias vendidas), blá blá blá... . Quanto ao seu talento, indiscutível, descoberto na tenra idade, prodígio. Na infância era vocalista dos Jacksons Five, banda de que fazia parte junto com os seus irmãos. A partir de 1983, com "Thriller", era previsível que logo viria alcunha do seu grande sucesso: "King of Pop". Aliás, disco com faixas fantásticas, como "Billie Jean" e "Beat It", esta última que contou com os solos fantasmagóricos de nada menos que Eddie Van Halen. Bem, musicalmente inquestionável apesar de que, na minha opinião, superado por outros artistas (estou começando a descobrir a febre jackson agora com o álbum das melhores dele). Ja chega de verborragia desnecessaria para um cara que só com uma imagem diz o que uma enciclopédia não consegue dizer. Quanto a sua vida pessoal, bem... como pessoa invejada que era, não demorou virar alvo de fofocas dezarrazoadas e ridículas. Muita especulação e poucas provas (diziam que ele teria uma parte do nariz, retirada em cirurgia, conservada num jarro na sua casa, e que o mesmo dormia em uma câmara para evitar o envelhecimento). Em 1993, primeira acusação de abuso sexual, que não foi entregue à justiça, mas mesmo assim foi iniciado um processo de pedofilia, arquivado por falta de provas. Em 2005, nova polêmica, mais uma vez inocentado, com um grande desgaste emocional e físico do cantor. Acabou por abandonar Neverland, seu rancho, que havia construído para divertir crianças, das quais gostava muito, e provavelmente crianças de pais nada inocentes e pueris quanto os filhos. Desgastado por ser acusado de coisas nojentas, repugnantes, por ter sido taxado de culpado antes da hora, mesmo sem provas, e cuja vida virou alvo de desrespeito alheio, vem a falecer conhecendo a barbárie da estupidez humana... cheio de dinheiro, cheio de fama, vazio de paz e de conseguir transmitir a pessoas hipócritas um pouco da grandeza da sua alma, pessoas essas que não queriam vê-lo senão no lugar em que agora se encontra. Meus pêsames aos parentes, amigos, e fãs.